sábado, 20 de agosto de 2011

A ecolha da escola

Pontos para serem observados durante a escolha da escola para o pequeno:

Projeto Educacional
Que tipo de educação você prefere que seja continuada à sua? A tradicional prioriza a disciplina e o cumprimento de regras. A lúdica tem foco nas brincadeiras, mas com pouca preocupação pedagógica. A socioconstrutivista é defendida por referenciais nacionais e é forte em planejamento de situações de aprendizagem, em que há a intenção clara e conteúdos para cada faixa etária.

Segurança
Preste atenção se a escola tem escadas com grade de proteção e corrimão ou, melhor ainda, se opta por rampas, se as janelas de andares superiores têm telas, se as tomadas são cobertas e os produtos de limpeza mantidos fora de alcance dos pequenos. As cores dos espaços devem formar uma coerência visual: portas de uma cor, paredes de outra. As salas precisam ser arejadas e contar com passagens para um solário ou jardim, além de banheiros e trocadores por perto. Por fim, o ideal é que os ambientes disponibilizem materiais, como fantasias, brinquedos e livros, ao alcance das crianças para que elas possam fazer escolhas.

O número ideal de professores por bebê ou criança
Segundo o Conselho Nacional de Educação, cada um deve cuidar, no máximo, de seis a oito crianças de até 2 anos, de 15 crianças até 3 anos e de 20 crianças de 4 até 6 anos.

Limpeza
Todos os funcionários devem ter uniformes limpos e lavar as mãos com frequência. Os brinquedos e as fantasias precisam ser higienizados semanalmente ou sempre que houver necessidade – já os berços e os colchões, diariamente. Na hora da soneca, os colchões precisam ser colocados a certa distância uns dos outros.

Alimentação
A escola que que oferece alimentação tem a vantagem da orientação de um nutricionista ou uma equipe de nutrição, oferecendo uma alimentação balanceada. Algumas escolas até trabalham com sistema de self-service, que permite que as crianças aprendam a servir a quantidade que vão comer, importante para o desenvolvimento da autonomia.

Localização
Se perto de casa ou do trabalho facilita a ida ao local em caso de emergência, além de evitar que seu filho faça longas viagens pela cidade e tenha de enfrentar o trânsito ainda pequeno, o pode deixar a criança cansada e estressada. Mas se uma escola um pouco mais distante oferecer um ensino de melhor qualidade talvez seja uma melhor opção.

Preço
Observe se o preço pago corresponde, por exemplo, a espaços bem equipados (não necessariamente com luxo) e professores bem formados. A equipe precisa fazer cursos continuamente e, de preferência, financiados pela própria instituição. Essa é uma das principais diferenças de uma escola de qualidade.

Verifique preço dos uniformes.

Pergunte se existirão outras taxas, como de material (uma escola pode cobrar uma taxa única de material além da lista, mas não cobrará mais em épocas festivas por exemplo dia das mães, dias dos pais, etc.). Peça lista de materiais de cada grupo (peça uma anterior mesmo, para verificar se a escola pede itens que não deveriam constar da lista de materiais, você se sentirá constrangido em falar alguma coisa depois que seu filho estiver cursando na escola).

Escolas bilíngues
Isso depende do método de ensino oferecido e da familiaridade dos pais com a segunda língua aprendida pelo filho. A criança pode ficar confusa caso fale inglês o tempo todo na escola e, ao chegar em casa, só fale português. Sim, é mais fácil aprender outro idioma desde cedo, mas nem sempre o método usado por algumas instituições é o mais eficiente. A que se diz bilíngue e oferece três aulas de inglês por semana nos moldes tradicionais, com tradução de palavras do português, surte poucos efeitos. Ver um desenho animado numa língua estrangeira, por exemplo, pode trazer mais resultado. Bilíngue deve ser sinônimo de imersão em dois idiomas.

Atividades extracurriculares
Fazer balé, natação e até aulas de arte pode ajudar as crianças a desenvolver, desde cedo, uma série de habilidades interessantes. Mas na primeira infância ninguém deve ser sobrecarregado. Os pequenos precisam brincar, dormir e passar bastante tempo com os pais. As aulas são compromissos sérios e exigem o cumprimento de horários. Até os 2 anos, não é recomendado que as crianças façam esse tipo de atividade, que geralmente é mais bem aproveitada por garotos e garotas mais crescidos. Por fim, vale observar se um simples passeio na pracinha não deixaria seu filho mais feliz.

Mudar as crianças pequenas de escola
Até os 5 anos, elas criam vínculos fortes com as pessoas próximas porque ainda são muito dependentes. Mudar de escola não é uma missão impossível. Isso deve ser feito caso a criança não goste do lugar ou os pais se sintam mal atendidos. Mas a transição é trabalhosa. O seu filho terá de se adaptar novamente a um novo ambiente. As primeiras semanas costumam ser mais delicadas e a presença de um dos pais ou um adulto de referência ajuda a superar o estranhamento.

Como escolher a escola do seu filho - Amanda Polato
Entrevista para o site bebe.abril.com.br

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